sábado, 15 de agosto de 2009

Ecumenismo


Portanto, estamos deixando de participar de organismos ecumênicos aos quais a Igreja Católica está vinculada oficialmente, por entendermos que ainda não foi possível um acordo. Nosso relacionamento se dará no dia a dia de modo interpessoal e no atendimento às demandas comunitárias, respeitando-se as orientações quanto às atitudes a serem observadas no relacionamento com outras igrejas cristãs (conforme os capítulos específicos desta carta quanto ao tema).

Como metodistas, caminharemos fazendo o que Jesus fez, amando todas as pessoas independentes do seu credo religioso, pregando o evangelho, respeitando as diferenças e no que depender de nós viver em paz com todos, e acordando que caminharemos de modo diferente buscando em tudo glorificar "ao único Deus sábio, por meio de Jesus Cristo,pelos séculos dos séculos" (Romanos 16.27).Atual carta do ecumenismo metodista


Epístola para os confessantes

Prezados confessantes.

Paz e bem,

Não sou ecumenista. Afinal não gosto muito de rótulos; Carismático, liberal , esquerda, direita ,progressista, evangelical, fundamentalista, saúde e missão integral, tudo isso me deixa nervoso e isso parece coisa de antropólogos ou sociólogos. Pertenço a uma família de metodistas tradicionais. Afinal meu bisavô foi um dos fundadores da Igreja onde cresci cuja primeira ata da Igreja está assinada por ele; Calixto Hesteinheiter Cople.( Cascadura). Tenho o privilégio de também de “discipular” minhas filhas como quinta geração de metodistas. Minha igreja local era profundamente tradicionalista e depois ficou “avivada”. Minha mocidade foi assim , meio comunista, meio , avivada um tipo assim esquerdista “queimadinho do Espírito”. Cresci na época em que na escola dominical metodista tive uma aula inesquecível; haviam escrito ATOS dos APÒSTOLOS , na forma de foice e machado na capa da revista dos juvenis. Como era na época da ditadura e o desejo de mudança pulsava dentro de mim aquilo era o máximo; jovens sempre têm desejo de buscar algum tipo de revolução,e convenhamos aquilo era “maneiro”... Na minha turma da faculdade tinha até um espião maluco de gravador. Na época de faculdade mantive contato com Arouca, Feghali dentre outros e outras figuras de esquerda. Depois de formado somente tive uma opção profissional; Fui forçado a ser militar e como queria casar aceitei. Fiquei dois anos sendo “doutrinado”. Com certeza eles tinham a minha singular “ficha estudantil”. Ali fui perseguido por um major louco e “de quebra” líder de quimbanda.
(comprovadamente vi seus bonequinhos de vudu na sala cheios de alfinetes espetados).

Esse sou eu; de formação puritana metodista tradicional , temperada com a formação revolucionária da libertação contra a ditadura e mais tarde afetado pelo vento do Espírito de "avivamento metodista carioca" com todos os trejeitos e maneirismos típicos da “galera carioca”. Finalmente me rendi à experiencia intercultural propiciada pela inserção no concílio mundial e ao contato propiciado pelas experiências missionárias ao conhecer diversas realidades “cristãs” e os diferentes “metodistas”pelo mundo afora.

Em 1995 fui para Índia fazer a minha preparação para missão. Uma coisa aprendi na Índia diferente da Globo “aribaba”; a Igreja precisa ser uma e una. Ali em meio a muçulmanos, hindus e outras coisas mais que nem sei dizer entre Dalits e Bramanes ( mais de um milhão de deuses de acordo com as estimativas) aprendi a amar ,no bom sentido, uma freira. Afinal ela usava um cruz de madeira bem grande no seu pescoço e isso era a coisa mais próxima de uma igreja que eu poderia encontrar naquele lugar. Isso bem no início de minha vida missionária que era mais um rótulo pois afinal não somo(as) todos(as) enviados(as)? Ali estava fazendo curso de “saúde integral” TIC. A cada dia que viajava aprendia mais coisas e antevia coisas que viria a descobrir mais tarde. Viajei e conheci lugares e crentes que a grande maioria dos cristãos nem sonha e jamais vai ter possibilidade de conhecer na vida. Conheci e convivi “in locus” com indianos, russos, estonianos, ingleses, franceses, alemães, africanos( moçambicanos), cubanos, costa riquenhos, sul-africanos, que já perdi a conta. Uma coisa eu sei; somos diferentes. Comemos diferente , vestimos diferente, pensamos diferente louvamos diferente. Afinal não dizem por aí que somos o que comemos? Somos o que comemos tanto espiritual como fisicamente.

Experiências? Dentre as centenas, estive em um camelódromo na Rússia e tive que trocar as calças na rua. Incrível? O pior foi que o pastor local e uma jovem estavam juntos comigo. Ficaram em olhando esperando que eu experimentasse a nova calça. Estupefato perguntei se era pra me vestir ao eu em coro disseram “sim, agora”. Eu falei “não consigo tirar a roupa na sua frente”. A jovem revoltada se virou de costas e falou “e agora?”. Mais tarde o diretor da aliança evangélica da Rússia me disse que adorava os Brasileiros, afinal a maior igreja de Moscou era brasileira. Então perguntei alegre qual é? Universal church do you know it? ( Igreja Universal você conhece?) Será que Deus escreveria certo através de linhas tortas? Minhas concepções e pré-conceitos foram caindo cada vez mais e mais na minha caminhada da busca pela unidade. Em Cuba revivi alguns momentos da ditadura brasileira só que em sentido reverso; afinal eu era militante pró-socialismo em alguns movimentos durante a primeira greve da minha universidade que ajudei a liderar enquanto jovem enquanto em Cuba os perseguidos eram os “capitalistas” e os de “direita”. Visitamos locais onde estavam fotos da revolução e dos memoriais das guerrilhas. Em Cuba Castro ainda estava no poder e as pessoas não podiam falar o que pensavam. ( não sei se já podem) silencio , diziam não fale isso ou aquilo outro. Enquanto na igreja de estilo metodista pentecostal sem noção de direita ou esquerda, o Senhor “operava maravilhas” e uma criança de 10 anos aproximadamente pregava para os diversos líderes e bispos mundiais clamando por conversão do coração, ao ponto da nossa irmão Joana Darc perguntar estupefata;que é isso meu bispo?... Um dos militantes de Castro que vivia a nos seguir tentava nos empurrar jornais da revolução com propaganda Estatal. Todos os dias ele nos seguia , provavelmente uma espécie de designação. Naturalmente começou a nos seguir nos cultos que freqüentávamos. Eventualmente perguntou em um dos cultos se poderia seguir a mesma coisa que nós seguíamos. Chorando no ultimo dia pedia , “estimados brasileños no se olvidam de orar para mí . ( queridos brasileiros não se esqueçam de orar por mim).” Ali a palavra ecumenismo não era nem sequer mencionada nem se falava entre “nadie”( ninguém), mas sei que sem unidade espiritual a Igreja Cubana estaria não apenas destruída e sem templos mas também sem crentes.

De volta à Rússia eu estava ministrando um curso de evangelização para pastores e líderes. Uma das grandes necessidades naquele país é de treinamento ( se parece com algo que vocês já ouviram?) Ali por algum motivo se espalhou que o missionário brasileiro poderia curar pessoas ( talvez porque eu seja médico) e todos queriam que eu visitasse suas casas. O SD escolheu uma pastora cujo marido era um bêbado crônico ( infelizmente algo quase rotineiro em muitas casas russas). Eu havia estudo um pouco de russo via internet e sabia começa e terminar uma conversa apesar de não saber se no meio da conversa se tinha vendido a mulher a mãe e doados meus bens para caridade. O fato é que cheguei havia uma tradutora e eu queria ser gentil falava algumas palavras em russo entremeado. Tentei falar de futebol para tentar agradar mas o homem não sabia nada de futebol. Comecei a brincar com uma pequena criança ( que não sabia falar nem russo nem português mas falava a língua das crianças) e brincando o segui e fui parar em um quarto onde estava o pai dela. Falei svinitia ( me desculpe_) ao que me respondeu em claro e perfeito inglês com a voz embargada de alcool , “I know how to speak in english”. ( Eu sei falar em inglês). Levantando-se lentamente caminhou comigo para a sala. Começou a conversar e falar de suas mágoas e tristezas. Era um advogado com doutorado mas dizia “ lei? Pra quê nada vale na Rússia o que vale é o poder” “Ganho a mesma coisa que um porteiro” completou ele. No dia seguinte fui começar o curso e sempre perguntávamos se alguém queria testemunhar alguma coisa. A pastora levantou a mão. Começou a testemunhar o que me parecia meu fim naquele curso. “ convidei o professor par visitar a minha casa porque eu tinha esperança que ele curasse meu marido da bebida. Ficamos conversando até tarde mas nada aconteceu. Nós nem oramos pelo meu marido. Nesse momento eu já me via expulso do curso e as pessoas nem mesmo querendo participar com todo o custo da viagem por nada, mas ela completou “aí no dia seguinte aconteceu a coisa mais estranha do mundo; ao nos encontramos para o café essa manhã pela primeira vez na minha vida meu filho me disse; Deus abençoe mamãe. Logo depois minha Nora também chegou e depois meu marido. Então minha nora disse sabe eu tive um sonho engraçado com aquele brasileiro. Ao que meu marido também falou eu também e minha Bora completou e eu também. Nos despedimos e foram para o trabalho.” No final de semana o marido dela sofreu um acidente fraturou a perna e fomos visitar no hospital. Era feriado e não havia médicos no hospital que tinha o aspecto de uma prisão de alcatraz. Um enfermeira com cara de Hulda me disse que eu não poderia entrar no CTI. Então perguntamos se poderíamos orar ali da porta. Ela com jeito meio desconfiada disse disse carachô. ( tudo bem). Oramos ali mesmo e fomos embora. Na semana seguinte estava no Brasil e o pastor daquela Igreja mais tarde me enviou email dizendo que ele saiu do hospital e parou de beber e começou a freqüentar a Igreja. Ora não foi um tipo de evangelização que eu poderia dizer convencional mas a unidade de oração fez a diferença...

Em Moçambique tive também minhas experiências. Cheguei para dar aulas de ultra-sonografia. Haviam comigo mais dois professores brasileiros. Um de cirurgia plástica e outra de pediatria. Ao chegarmos ali com uma equipe médica composta de brasileiros e norte-americanos concluímos que eles tinham medo dos brasileiros. Afinal nós falávamos uma de suas línguas; o português. No Hospital metodista conhecemos o anestesista técnico de enfermagem Muçulmano e o técnico de enfermagem cirurgião metodista. A maioria das médicas residentes ( somente haviam médicas) não eram cristãs à exceção da irmã da pastora. Na minha primeira aula de ultra-sonografia ao falar sobre Tireóide, o susto; descobri um nódulo em minha tireóide. Aquilo já tinha acabado com minha alegria missionária. Após alguns minutos eu já estava pensando socorro quero fugir daqui... Visitamos diversas comunidades e em uma delas vivemos aquele famoso tipo de de experiência do tipo Indiana Jones onde nos foi oferecido um banquete com carne de Cervo e a cabeça do bicho era a iguaria principal e guardada para o chefe da equipe. Misericórdia ainda bem que havia uma americano com título de chefe...OS profissionais de saúde do hospital nos rejeitavam porque como brasileiros falávamos português diferentemente dos norte-americanos entendíamos os erros ( muitos) que eles cometiam como profissionais. Até que veio o acidente de carro. Certa noite eu estava a visitar a emergência e me deparei com uma cena de filme. Pessoas machucadas e despedaçadas ( esse era o termo correto) após um acidente com uma “chapa” (a maneira como chamam as atuais Vans e peruas porque antigamente eram carros abertos como pickups). Uma criança morta e diversos feridos; eles têm o costume de levar mais de 20 pessoas em uma “chapa quente”. Ali nossa “expertise” como profissionais falou alto e depois de alguns segundos em que eu fiquei estonteado em ver os residentes completamente enlouquecidos , ruminando o que deveria fazer comecei a dar algumas palavras de ordem e começar a ajudar a organizarem sue antedimento de urgência. Logo mandei chamar meus colegas , o cirurgião plástico e a pediatra e começamos uma noite intensa de trabalho. Em conversa com o Bispo Machado e o líder de evangelização de Moçambique comentei sobre a “enorme” Igreja universal que encontrei em Maputo. Ao que me responderam , bem sabemos que eles são diferentes de nós mas entretanto preferimos a algumas outras religiões do norte que atacam pessoas. O combate a malária com o programa de colocação de redes anti-mosquitos transcendia qualquer barreira. Em nenhum momento falamos de ecumenismo mas em outras palavras concordamos que a unidade da Igreja era uma necessidade premente.

Finalmente o caso Estônia. Desde que fui ali naquele pequeno país fiquei estupefato com o contraste entre o centro de Tallin e o interior. Descendentes do Vikings, a capital tem cassinos, locais estilo europa desenvolvida e hotéis que recebem turistas ricos em busca de prazer e negócios. Na realidade naquele país antes dominado pelos russos agora têm que lutar não apenas pale independência econômica mas pela sua libertação cultural. Donos da mais antiga cidade medieval preservada do mundo ( onde o irmão Kaká se perdeu) têm também dos problemas herdados do comunismo russo; vício da vodca. Segundo os(as) irmãos(ãs) da Estonia a bebida ainda é uma das piores pragas daquele povo. Ali começamos a estabelecer um sonho junto ao seminário báltico e à Igreja da Estônia. Temos enviado voluntários jovens em missão desde 2007. Foi um amor a primeira vista. Aos poucos o namoro têm se tornado mais concreto e conseguimos um feito recente neste último projeto. Em conversa com Jorginho da seleção brasileira , pedi como um dos diretores do Médicos de Cristo que ele tivesse uma reunião com os líderes das Igrejas Estonianas. Quem sabe ele poderia ajudar a criar uma associação de atletas cristãos naquele país. A reunião ocorreu e teve a presença do SD Metodista, líder da Aliança Batista, do líder da Igreja Pentecostal e alguns esportistas. Ecumênico? Não mas crendo na unidade do corpo.


Lembro me do I Fórum de AIDS realizado em Poços de Caldas quando falei sobre “AIDS e Evangelização”. Encontrei algumas pessoas da Igreja Batista da Lagoinha e posteriormente fui convidado por eles para ajudar na organização do projeto médico daquela igreja. Mais tarde realizamos na mesma Lagoinha o I CENPS. Congresso Evangélico Nacional de profissional de saúde. Levamos o diretor executivo da associação mundial de médicos cristãos (médico e pastor metodista da Igreja da Africa do Sul) Dr Darryl Hackland estando eu um metodista a frente de um evento na Lagoinha. Luteranos, batistas, congregacionais ,presbiterianos e até um pastor da pastoral metodista do Isabela Hendrix visitaram o congresso dentre outros(as). Ecumênico? O que falar do professor da Universidade Federal Fluminense que chegou no Evangemed como o esposo da enfermeira? Carinhosamente ele se uniu como discípulo e passou a nos seguir sem grandes pretensões. No melhor estilo do discipulado prático ele ficou maravilhado com as atitudes dos médicos cristãos e dos profissionais cristãos “a serviço do povo”. Um dia le me ligou e perguntou, Wilson você acha que eu deveria me batizar? Eu estou com muita vontade de fazer isso e gostaria que você fosse o primeiro a saber. Esse médico já foi para Amazônia , Moçambique e diversas comunidades carentes em todo o Rio de Janeiro. Nunca utilizamos o termo ecumênico, mas a Igreja, o corpo e o Reino são parte de nossa visão e DNA. O que falar das experiências encontradno traficantes e suas armas nas comunidades cariocas?  Na ultima experiência semelhante estávamos em uma Van subindo o morro da providência quando fomos abordados por um homem com uma 12. Aquela foi uma ameaça bem ecumênica. Qualquer denominação naquele momento se torna igual. Assim como os desafios. 

Alguém em alguma mensagem ( não me recordo qual e onde) falou sobre “tomar partido”; Hoje comentei brevemente sobre ecumenismo; mais um dos “ismos” ocidentais. Poderia ter sido qualquer uma das criações de algumas “intelligentsias” cristãs. Da mesma forma poderia ter falado de qualquer fundamentalismo, pentecostalismo, flamenguismo e blablabla-ismos e sistemas possíveis e imaginários. No final os rótulos de “unidade” acabam trazendo divisão no corpo, não digo apenas o ecumenismo, mas todas os “generalismos” e rótulos com os quais tais quais seres humanos acabamos por nos acostumar . Muitas vezes fico a me perguntar qual seria a melhor definição para minha postura cristã? Metodismo? Confessionalismo? Bem, ao comparar minha religiosidade e minha cosmovisão percebo que estou longe dos Wesleys. Não tenho a inocente pretensão de tentar comparar minha Igreja atual com a anglicaníssima ( perdoem-me o neologismo) realidade de Wesley.

Sei que muitos vão achar estranhas as palavras aqui escritas. Alguns nem vão aceitar. Afinal o papel e o computador aceitam qualquer palavra mas a mente não. Quer gostemos ou não o mundo dos seres humanos e sua realidade na final são construídos por conceitos e eles por palavras. Sem palavras não haveria pensamentos ou conceitos, sem palavras não haveria tempo ou cultura. Sem palavras não haveria a Igreja cristã. ( como disse Freire o ser humano é o único ser com noção do tempo). Sem palavras não haveria tempo nem história. ( os animais são a-históricos segundo Freire). Em suma sem palavras não haveria humanidade e não existiríamos aqui nessa conversa.

Assim se me permitem uma “forçação de barra” espiritual;

No princípio era o verbo ( palavra- Logos), e o verbo estava com Deus e o verbo era Deus. E o verbo se fez carne e habitou entre nós” Desde então este Logos -Verbo tem sido traduzido interpretado, reinterpretado teologizado e desconstruído entre nós.

.Ouçamos o que o "Espírito diz para a Igreja"...Maranata Vem Senhor Jesus”...

Um comentário:

Julio disse...

Olá Dr Wilson!

Gostei muito de ler sobre suas experiências um tanto inusitadas... Também gostei de ler sobre a época revolucionária que teve em sua mocidade na igreja... Fiquei estupefato em saber que minha igreja foi assim por uma época! Hoje é frustante pra mim sair de uma aula de escola dominical cujo tema normalmente é do tipo "Como ser feliz"... é frustante pra mim observar que a imensa maioria dos jovens de hoje sequer sabem diferenciar entre esquerda e direita... Temos um slogan social que muitas vezes não condiz com a práxis...

Que o nosso bom Deus o abençoe mundo afora, sempre lhe propiciando experiências marcantes...

God bless you!

Júlio.

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