sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Humor homofóbico.


Quando se fala de liberdade de imprensa no Brasil às vezes eu fico muito interrogativo. O que significa liberdade de imprensa e de expressão e de credo religioso nesta terra? 

Eventualmente assisto Televisão à noite alguns programas humorísticos, eventualmente brasileiros ou norte americanos.Vários destes programas, liberados devido a famosa “liberdade de imprensa”, fazem um tipo de “humor” depreciativo,utilizando-se de recursos espúrios tais quais acentuação de “alterações”congênitos ou características culturais ou físicas não muito atraentes ou características  que

sejam fora dos padrões “aceitáveis” de beleza da sociedade ocidentalizada. Dentre este recursos, já antigos,também são utilizados para caricaturar homossexuais e gays.

 

Dificilmente veremos um personagem gay “humorístico”que não seja citado de forma caricaturada, gracejada e muitas vezes grotesca. Usam

palavreado de baixo calão e que sem dúvida é muito ofensivo para muitas destas pessoas que porventura não se enquadrem neste estereótipo.

Isto não funciona apenas para os homossexuais, mas a várias categorias e classes de pessoas assim como a raças etc. Em geral as personagens são metáforas exageradas em performance quase que hiperbólica do humor.

Desculpem-me a paráfrase que farei, mas a utilização de expressões clichês do tipo “todo gay dá mole” ou que todos os pastor ou sacerdotes cristãos desejam o seu “dízimo” comprovam, que todas as generalizações são perigosas. ( ou ululantes e burras como já disseram antes). Começo a pensar se isto não seria uma violação aos direitos individuais tanto dos homossexuais quanto dos cristãos. Porque somente a mídia teria esta liberdade absoluta de expressão? Porque não há punição no rigor da lei para estes programas? 

Qual seria a melhor definição atual para a liberdade da mídia neste país? 

 

liberdade,imunidade ou impunidade de expressão?

O que acontecerá com estes programas? Podem eles continuar sua contínua fala de desprezo pelas as pessoas? Podem continuar com suas generalizações e afirmações que certamente afetam as pessoas? Como poderia se sentis um homossexual ao assistir um programa que lhes descreve de forma caricaturada? Ou o que uma criança pequena de pastor sentiria ao ouvir que todo pastor é ladrão? Ou ainda, não seria porventura também uma forma preconceito acusar todos os religiosos cristãos de homofóbicos porque muitos discordam da homossexualidade como opção de vida? 

Se discordância a partir de agora significar obrigatoriamente uma doença fóbica então vários valores deveriam ser incluídos inclusive o ataque à religiosidade. 

Esta atitude poderia muito bem ser um pré-conceito que tem sido promovido contra cristãos por parte da nova cultura, por exemplo, citada por Raul Seixas, que nada mais nada menos simboliza o pós-modernismo.

O Novo Aeon é um desses momentos em que a natureza e a ordem dos tempos determinam uma nova e fantástica mutação dos valores antigos. Fim da política careta. Cada qual é seu próprio dono e juiz, livre pra fazer e dizer o que nasceu pra ser. É o NOVO.


Um ponto de vista que destrói todos os conceitos e valores mantidos até hoje sem nenhum sucesso


visível. Outra concepção de viver, da arte, da ética, religião, política inexistente, deus, amorBaú do Raul 

Não seria o caso então de dizer que estas pessoas seriam cristianofóbicas?

Aqueles que generalizam todos cristãos como fanáticos, ignorantes, ladrões etc. ? Já generalizaram racismo contra os negros no passado agora generalizam contra os muçulmanos, como terroristas, ou ainda pior bastaria ser de raça árabe para se torna um potencial terrorista ou um morador de favela para ser traficante. 

Aqueles que atacam moralmente os movimentos religiosos e as igrejas não seriam religiosofóbicas? Ou seriam fundamentalistofóbicas? Perdoem-me os teólogos, mas toda religião que tem algum tipo de escritura tem um “fundamento”. Mesmo que o seu fundamento seja do “relativismo absoluto”. Este relativismo também s tornou um paradigma absoluto nestas religiões da relatividade pós-moderna. 

Nós cristãos temos fundamentos, porque acreditamos na bíblia. Os espíritas também tem seus fundamentos, ou seja, acreditam em  escrituras ou pregações de pessoas reconhecidamente mortas através da suposta mediunidade de outros.Fato não questionado nas novelas, que já partem do princípio que reencarnação seria uma verdade quase científica já estabelecida, com “aura” nas novelas. E elas têm o poder de formar opinião mais do que a ciência da escola ou a religião da igreja.

Se nós crentes religiosos, quisermos manter certos hábitos morais cristalizados por milênios pela maioria da população entre nós (que não foram criadas ou formuladas por nós) por causa de nossa “liberdade de religião” e até mesmo afirmar dentro de nossos domínios e círculos que alguns hábitos seriam pecaminosos em relação às Leis do religiosas do Deus cristão e não dos homens, (naturalmente não estou nomeando nenhum deles neste artigo), ou se desejarmos criar nossos filhos e filhas através estes preceitos, não seria um direito inalienável do crente religioso? 

Alguns pais da mesma forma desejam criar seus filhos com piercings em suas narinas ou abdomens, ou mesmo desenham tatuagens ou cortam suas peles com giletes em outros templos, sem lhes dar chance de opção de escolher suas religiões ou estética. Somente este pais teriam direito “diferenciado” dos cristãos à consciência privada da sua religião? 

Existem igrejas centenárias no Brasil e algumas milenares no mundo a fora. Se uma Igreja solicitar a Lei do incentivo fiscal é recusada por   não ser cultural. A religião cristã estaria fora da definição pós-moderna de cultura? Seríamos nós cristãos religiosos seres sobrenaturais, aculturais ou sobreculturais? Toda a produção cultural milenar que passa por Tomás de Aquino, o canto gregoriano, hospitais, obras de caridade alcançando as atuais produções literárias, musicais contemporâneas são inexistentes? Não temos cultura? O ocidente não tem relação nenhuma com a Igreja cristã?

Porque a religião cristã tem sido tratada como inferior às demais? Isto me parece um preconceito que talvez seja necessário reclamar na justiça. Porque o candomblé e a umbanda são considerados cultura nas escolas, e permitidos inclusive de serem ensinados e expostos nas escolas sob a denominação de cultura afro-brasileira (afro significa africana,ou seja também é estrangeira veio de fora não oriunda da terra Brasilis) enquanto o cristianismo que é universal mas também de origem estrangeira, não pode ser também ser considerado a cultura da “maioria”. 

Agora finalmente alguns movimentos querem criminalizar no Brasil a diferença de opiniões criando a intolerância. Ou seja, em breve poderá se tornar crime quem achar que homossexualidade não é uma opção sexual correta. O que não pode ocorrer é a interferência externa de pessoas que desejam mudar a religião estabelecida durante milênios. 

Se homossexuais desejarem viver sua opção sexual, não creio ser impossível a coexistência pacífica em uma sociedade pluralista. O que não acho possível, entretanto, é que queiram legislar sobre as religiões ou vice versa. Aqueles(as) que desejarem ter sua opção sexual homossexual devem ser respeitados(as) por todos(as) e nem serem “obrigados” a se tornarem cristãos(ãs). Porém devem entender que a religiões têm, suas perspectivas, definições, posturas e condutas milenares se desejarem ser “iniciados” nelas. São domínios diferentes em que um não modifica o outro. 

Eles(as) podem e devem ter o direito de fazer sua parada Gay da mesma forma que como temos direito de fazer uma parada cristã pra promover nossos valores sem ataques ou provocações e uma sociedade pluralista.  

Anão ser que precisemos redefinir liberdade de imprensa e de expressão nestas terras Tupiniquins. Talvez a nova definição de liberdade de expressão seja “livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, dependendo da licença que a inteligentsia brasileira desejar permitir”


artigos 5º e 220 da Constituição.

Art.5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e

aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à

segurança e a propriedade, nos termos seguintes: IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o

anonimato V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo além da indenização por dano

material, moral ou à imagem VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado

o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a

suas liturgias VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção

filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e

recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei IX - é livre a expressão da atividade intelectual,

artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença X - São

invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização

pelo dano material ou moral decorrente de sua violação 

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