sábado, 6 de abril de 2013

Obesidade , saúde pública e futorologia.



Obesidade , saúde pública e futorologia.
Dr Wilson Bonfim – Médico – formado na UGF 1987/ Especialização em clinica medica e pneumologia Enfermaria 41 Santa Casa de Misericórdia Rio de Janeiro , Ex-medico R2 assistente Cirurgia geral – Força Aérea Brasileira e Santa Casa de Misericórdia ,Ultrassonografista desde1992 e Curso de saúde - Comprehensive Health Care India Jamkhed India.
Introdução:
O que me motivou para este estudo?
Inicialmente porque sou obeso. Sou oriundo de uma família com tendencia à obesidade, meus avós paterno e materno e todos os meus tios paternos morreram de doenças e eventos cardiovasculares, meu pai está a beira de uma cirurgia cardíaca ou seja; uma família com tendencia à síndrome metabólica. Se criassemos uma enquete na internet questionando se as pessoas gostariam de viver mais 50 anos, com certeza a maioria dos jovens diria que sim. A medicina de hoje permite este tipo de sonho, e talvez alguns que estejam lendo este blog possam viver até 150 anos de idade. O que acontecerá se as pessoas prolongarem a duração da sua vida com obesidade ? Obesidade é um dos fatores mais agressivos e perniciosos da humanidade que afeta gravemente a qualidade de vida futura; As consequencias da obesidade como doenças cardiovasculares respondem pela maiorida das doenças incluindo canceres (28). Se não mudarmos o estilo de vida , a obesidade poderá se tornar a maior praga apocalípitica de todos os tempos. Depois de ter chegado ao Brasil insidiosamente e progressivamente tomando espaçõ e tomado lugar de sua irmão mais velha a desnutrição de baixo peso, a obesidade se tornou uma espécie de possessão diabólica que não quer ir embora. Esta restrospectiva que fiz inicia uma série de reflexões que farei sobre cenários futuros e o futuro da futurologia. Desejo ilustrar a necessidade de uma mudança de mente rápida (metanóia) antes que apresente geração se vá, e as próximas gerações se lamentem pelo o que plantamos. Minha reflexão portanto se dirige incialmente à pais, educadores , profissionais de saúde , profissionais de mídia e finalmente qualquer pessoa que se preocupe com seu futuro e dos seus filhos.
“Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Epístola de São Paulo aos Gálatas 6:7).


Alguns fatos:
“A alimentação é uma necessidade fisiológica básica, um direito humano e um ato sujeito a tabus culturais, crenças e diferenças no âmbito social, étnico, filosófico, religioso e regional. O ato de alimentar-se incorpora tanto a satisfação das necessidades do organismo quanto se configura como uma forma de agregar pessoas e unir costumes, representado assim um ótimo método de socialização. Mezomo (2002) define hábitos alimentares como os atos concebidos pelos indivíduos em que há seleção, utilização e consumo de alimentos disponíveis.”
FRANÇA, F.C.O1.; MENDES, A.C.R. 2; ANDRADE, I.S1.; RIBEIRO, G.S1.; PINHEIRO, I.B1.
1Bacharelandas em Nutrição – UNEB; 2Professora assistente - UNEB.
(...)Os hábitos do brasileiro têm sido redefinidos a partir do surgimento da indústria alimentar e marcados pelo consumo excessivo de produtos processados, em detrimento de produtos regionais com tradição cultural, principalmente nos grandes centros urbanos, onde o fast food predomina, tendo como contrapartida, o movimento slow food, que conjuga prazer e regionalidade no hábito alimentar.(...)Tatiana Elias PontesI; Thalita Feitosa CostaI; Annete Bressan R. F. MarumII; Anne Lise D. BrasilIII; José Augusto de A. C. TaddeiIV IGraduandas em Medicina pela Unifesp-EPM, São Paulo, SP, Brasil IIMestre em Nutrição pela Unifesp-EPM, São Paulo, SP, Brasil  IIIDoutora em Pediatria, médica assistente da Disciplina de Nutrologia do Departamento de Pediatria da Unifesp-EPM, São Paulo, SP, Brasil IVProfessor-associado da Disciplina de Nutrologia do Departamento de Pediatria da Unifesp-EPM, São Paulo, SP, Brasil


Como ultrassonografista e cirurgião por mais de 20 anos eu assisti de camarote VIP o surgimento e o aumento progressivo da esteatose hepática como sinais de doenças hepáticas não alcoólicas. Este fato está intimimente relacionado à síndrome metabólica (29) e aumento do peso e da circunferencia abdominal (27). O aumento de peso é um fator predisponente e mantenedor enquanto o controle do aumento de peso é uma das armas mais importantes para enfrentar esta condição conforme um estudo da ABESO. (27). Decidi publicar um pequeno resumo que fiz para meu crescimento pessoal, compartilhando-o via internet para que outros também possam refletir sobre sua condição pessoal e quem sabe motivando profissionais e estudantes de saúde a uma ação de mudança.


Estudos retrospectivos demonstram que a obesidade já deixou de ser uma doença de paises desenvolvidos e passou a ser de países em desenvolvimento dentre os quais figura o Brasil. (...) torna-se importante salientar a necessidade de desconstruir a idéia da obesidade “enquanto uma enfermidade própria dos países desenvolvidos ou de grupos de maior renda” (...) (3)
A partir dos relatórios da OMS em especial do ultimo censo, o Brasil entrou no grupo de paises marcados pela Obesidade. (13) (14) (15) (16). A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), feita em 2011 pelo Ministério da Saúde, revelou que a proporção de obesos subiu de 11,4% para 15,8% entre 2006 e 2011 (1)
No perfil qualitativo da obesidade no Brasil, a obesidade infantil (5) (17) já é uma realidade que chama a atenção e que sem atuação importante de politicas publicas (11)(13)(14) e com certeza afetará a tendência brasileira da obesidade e sua morbimortalidade em médio e curto prazo (5).(6)(7)
Estudos apontam que esta tendencia do quadro de obesidade no Brasil poderá se aproximar aos EUA até 2020. (4)(5)(19)(7) .
O problema infanto-juvenil.
A obesidade infantil/adolescente reflete intimamente as mudanças nos padrões de consumo da população que ocorreram no Brasil nas três ultimas décadas (12)(8). Um dos fatores muito importantes na mudança do consumo dos Brasileiros foram a introdução dos fast food (10)(7)(9) no mercado Brasileiro que ajudou a introduzir/popularizar alimentos de “alto valor calórico” e baixo valor de micronutrientes (12).
Estes padrões de consumo inadequados irão gerar uma aumento do custo social ao afetando o aumento do padrão de obesidade / morbimortalidade na vida adulta (6) decorrentes de doenças cronicas não transmissíveis.
O custo social:
Em pesquisa da A pesquisa da Universidade de Brasília (UnB) atualmente já custa quase meio bilhão (1) aos cofres públicos por ano. Segundo a OMS 10 milhoes de pessoas deverão morrer de doenças cronicas no Brasil dentre os quais diabetes tera aumento de 82 %. O estudo mostra que o aumento de massa corporal vai responder por este aumento de morbidade. A previsão oficial é que 67% dos homens terão sobrepeso e 74% das mulheres terão sobrepeso em 2015. Os impactos economicos decorrentes serão a perda de pelo pelo menos 49 bilhoes de dolares de arrecadação devido a “doenças cardiacas,Acidentes vasculares e diabetes”.(16)
O Ministro Padilha afirma durante o relato da pesquida da UNB que (2)(...)“A obesidade é um fator de risco para a saúde e tem forte relação com altos níveis de gordura e açúcar no sangue, excesso de colesterol e casos de pré-diabetes. “Este é o momento de o Brasil agir em todas as áreas, prevenção e tratamento, atuando com todas as faixas etárias e classes sociais, com um esforço pra quem tem obesidade grave”, ressaltou o ministro, durante a apresentação da pesquisa da Universidade de Brasília (UnB), que rastreou os gastos com obesidade no SUS”.(...)
Estudos sugeriam já em 2002 a 2003 no censo que (..)que confirma a tendência do aumento do excesso de peso no país. (...)(3)
Uma pesquisa demonstra que (..)Os hábitos do brasileiro têm sido redefinidos a partir do surgimento da indústria alimentar e marcados pelo consumo excessivo de produtos processados, em detrimento de produtos regionais com tradição cultural, principalmente nos grandes centros urbanos, onde o fast food predomina(...)
A pesquisa “AVALIAÇÃO DE IMPACTO DOS HÁBITOS ALIMENTARES NA PREDISPOSIÇÃO À OBESIDADE INFANTIL” (22) e (23) (que mostra a importancia da propaganda na criação de padrões de consumo em crianças) afirma que (...) a propaganda agrada às emoções, não ao intelecto, afetando mais profundamente crianças que adultos; o falso conceito de alimento como algo que dê poder é perigoso por permitir que as indústrias alimentícias explorem a vulnerabilidade das crianças(4).(...) e ainda (...) O impacto da mídia sobre o desenvolvimento infantil é um tema mais atual do que nunca.(...) (...). Nesse contexto, crianças e adolescentes são, quase que constantemente, instigados a olhar e a perceber o mundo a partir da visão proposta pelos meios de comunicação.(...)(...) Um sem-número de pesquisas aponta para os potenciais efeitos danosos da mídia – por exemplo, enquanto fator de estímulo a comportamentos violentos e discriminatórios, a uma prática sexual pouco responsável e ao consumismo entre as crianças.(...)(24).
Uma resposta do governo atual ( Março de 2013)
O governo brasileiro finalmente esboçou ainda que tardiamente uma resposta a essa epidemia mundial. A Portaria do Ministério da Saúde, publicada hoje (20) no Diário Oficial da União, redefine as diretrizes para a prevenção e o tratamento do sobrepeso e da obesidade como linha de cuidado prioritária da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas.
A portaria nova do ministerio demonstra a preocupação do governo com a obesidade juvenil ao baixar a idade para o tratamento cirugico para 16 anos. “II. Respeitar os limites clínicos de acordo a idade. Nos jovens entre 16 e 18 anos, poderá ser indicado o tratamento cirúrgico naqueles que apresentarem o escore-z maior que +4 na análise do IMC por idade, porém o tratamento cirúrgico não deve ser realizado antes da consolidação das epífises de crescimento”.
O governo atual ( 2013) já “(...) investe também em ações preventivas para evitar a obesidade em crianças e adolescentes, como o Programa Saúde na Escola (PSE), que este ano está aberto a todos os municípios e passa a atender creches e pré-escolas. Para 2013, está previsto o investimento de R$ 175 milhões. Outra medida é a parceria do ministério com Federação Nacional de Escolas Particulares para distribuição de 18 mil Manuais das Cantinas Escolares Saudáveis como incentivo a lanches menos calóricos e mais nutritivos.(...)”
Isso demonstra apenas que já se tem um preocupação concreta com o fato. A questão é como as preocupações podem se concretizar em ações.
Qual será nossa resposta a este futuro ?
O estatuto do menor e do adolescente afirma em seu “Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.”
Nossos filhos e filhas dependem muito da posição que nossa geração irá escolher. Eles nos imitam. Esperam de nós.

“A alimentação é uma necessidade fisiológica básica, um direito humano e um ato sujeito a tabus culturais, crenças e diferenças no âmbito social, étnico, filosófico, religioso e regional. O ato de alimentar-se incorpora tanto a satisfação das necessidades do organismo quanto se configura como uma forma de agregar pessoas e unir costumes, representado assim um ótimo método de socialização. Mezomo (2002) define hábitos alimentares como os atos concebidos pelos indivíduos em que há seleção, utilização e consumo de alimentos disponíveis.”
FRANÇA, F.C.O1.; MENDES, A.C.R. 2; ANDRADE, I.S1.; RIBEIRO, G.S1.; PINHEIRO, I.B1.
1Bacharelandas em Nutrição – UNEB; 2Professora assistente - UNEB.




Bibliografia resumo:
O custo (financeiro):
1 http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-03-19/doencas-associadas-obesidade-custam-quase-meio-bilhao-de-reais-por-ano-ao-sus
Doenças associadas à obesidade custam quase meio bilhão de reais por ano ao SUS
19/03/2013 - 13h13 Saúde Aline Leal Repórter da Agência Brasil 19/03/2013 - 13h13
Repórter da Agência Brasil
Brasília – As doenças relacionadas à obesidade custam R$ 488 milhões todos os anos aos cofres públicos, informou hoje (19) o Ministério da Saúde. Dados divulgados pela pasta indicam que 25% desse valor destinam-se a pacientes com obesidade mórbida, que, segundo o ministro Alexandre Padilha, custam cerca de 60 vezes mais do que uma pessoa obesa sem gravidade.
A pesquisa da Universidade de Brasília (UnB) que apontou esses valores considerou dados de internação e de atendimento de média e alta complexidades relacionados ao tratamento da obesidade e de outras 26 doenças relacionadas, como alguns tipos de câncer, isquemias cardíacas e diabetes.
A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), feita em 2011 pelo Ministério da Saúde, revelou que a proporção de obesos subiu de 11,4% para 15,8% entre 2006 e 2011.
2- http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/9905/162/doencas-associadas-a-obesidade-custam-meio-bilhao-de-reais.html
Data de Cadastro: 19/03/2013 as 15:02:02 alterado em 22/03/2013 as 17:39:20
PREVENÇÃO E TRATAMENTO
Doenças ligadas à obesidade custam R$ 488 milhões
Pesquisa revela o gasto para atender patologias relacionadas ao excesso de peso. Ministério da Saúde lança linha de cuidados para prevenção e tratamento do sobrepeso e obesidade.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou nesta terça-feira (19) portar
Assessoria de Imprensa
(61) 3315-3580/6261/3533
Ainda na discussão do custo a agencia oficial faz menção a declaração do ministro Padilha:
“A obesidade é um fator de risco para a saúde e tem forte relação com altos níveis de gordura e açúcar no sangue, excesso de colesterol e casos de pré-diabetes. “Este é o momento de o Brasil agir em todas as áreas, prevenção e tratamento, atuando com todas as faixas etárias e classes sociais, com um esforço pra quem tem obesidade grave”, ressaltou o ministro, durante a apresentação da pesquisa da Universidade de Brasília (UnB), que rastreou os gastos com obesidade no SUS”.


A projeção da obesidade ate 2020:
Os dados estatísticos já demonstravam tendencia no aumento da prevalencia da obesidade na população.
A ENSP Liberou um estudo antes dos dados do ultimo censo.
3- http://www.ensp.unl.pt/dispositivos-de-apoio/cdi/cdi/sector-de-publicacoes/revista/2000-2008/pdfs/2-06-2006.pdf
Obesidade no Brasil: tendências atuais VANESSA ALVES FERREIRA, ROSANA MAGALHÃES
Vanessa Alves Ferreira é mestre em Saúde Pública na Escola Nacional de Saúde Pública — Fundação Oswaldo Cruz, membro da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade — Obeso/ SP/Brasil, professora assistente do departamento de Nutrição — Centro de Ciências da Saúde — Faculdades Federais Integradas de Diamantina. MG. BRASIL. Rosana Magalhães é doutora em Saúde Pública no Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro — IMS/UERJ e pesquisadora associada na Escola Nacional de Saúde Pública — Fundação Oswaldo Cruz
no que diz respeito aos distúrbios nutricionais no Brasil o maior problema hoje enfrentado pela população pobre não miserável no país é a obesidade feminina (Mondini e Monteiro, 1998).
(...)Frente aos resultados apresentados torna-se importante salientar a necessidade de desconstruir a idéia da obesidade enquanto uma enfermidade própria dos países desenvolvidos ou de grupos de maior renda.(...)
(...) O crescimento da obesidade na pobreza é também observado nos países em desenvolvimento. Em países latino-americanos e do Caribe a obesidade assume tamanha magnitude que passou a ser tema prioritário de saúde pública(...)
Ressaltamos que o presente artigo diz respeito a análise dos autores a partir da revisão da bibliografia disponível. Sugerimos, portanto, que para um maior aprofundamento do tema sejam utilizadas as referências bibliográficas na íntegra. Importante salientar que mais recentemente foi realizado novo inquérito alimentar de abrangência nacional — a Pesquisa de
Orçamentos Familiares 2002-2003 (POF, 2002-2003) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Ministério da Saúde no Brasil (MS) que confirma a tendência do aumento do excesso de peso no país. Contudo, os dados estão em fase de divulga ção para posterior análise. O que justifica a sua não inclusão neste trabalho
Após o CENSO e os estudos cruzados com as estatisticas da OMS (WHO) chegou-se a conclusão desta projeção.
4- http://www.diariodafranca.com.br/conteudo/noticia.php?noticia=29908&categoria=10
Segundo IBGE, obesidade no Brasil aumenta e pode ultrapassar EUA
Nos últimos 35 anos, o Brasil passou por uma impressionante transformação. Desde 1974, quando foi feita a primeira pesquisa familiar que registrou peso e altura dos entrevistados, a população tornou-se mais alta. O déficit de altura entre crianças declinou da faixa dos 30% para menos de 10%. Nesse mesmo período, o brasileiro ganhou peso.
Começa a preocupação. O déficit de peso atinge hoje menos de 5% da população - o que é um indicador social positivo da maior relevância. Mas o excesso (ou sobrepeso, como preferem dizer os médicos) e a obesidade explodiram.
5- http://www.cadernor.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=229&Itemid=41
Brasil pode alcançar EUA em obesidade infantil
F ILHOS
AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES BRASILEIROS ESTÃO CHEGANDO PERTO DOS AMERICANOS DA SUA FAIXA ETÁRIA EM ÍNDICES DE OBESIDADE E, SE NÃO SE CUIDAREM, PODERÃO SE TORNAR OS NOVOS GORDINHOS DO SÉCULO 21, INDICA UM ESTUDO INÉDITO DE PESQUISADORAS DA UERJ (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO).
O trabalho do Departamento de Medicina Integral, Familiar e Comunitária da Uerj analisou 260 alunos de 10 a 19 anos de uma escola pública no Rio de Janeiro e verificou que 15,6% estavam acima do peso recomendado para a sua faixa etária e 11,7% já poderiam ser consideradas obesos. Nos Estados Unidos, 17% estão nessa situação, embora essa categoria não seja adotada.
"Em uma geração, essa situação já pode estar muito parecida com a dos Estados Unidos", afirma a médica de família Débora Teixeira, uma das autoras do estudo. "Nossos padrões alimentares copiam muito o dos americanos: muito açúcar, muito carboidrato."

6- http://www.abeso.org.br/pdf/Obesidade%20no%20Brasil%20VIGITEL%202009%20POF2008_09%20%20II.pdf
Os Números da Obesidade no Brasil: VIGITEL 2009 e POF 2008-2009
Maria Edna de Melo
(...)A POF 2008-2009 mostra um aumento contínuo de excesso de peso e obesidade
na população com mais de 20 anos de idade ao longo de 35 anos. O excesso de peso
quase triplicou entre homens, de 18,5% em 1974-75 para 50,1% em 2008-09. Nas
mulheres, o aumento foi menor: de 28,7% para 48%. Já a obesidade cresceu mais de
quatro vezes entre os homens, de 2,8% para 12,4% (1/4 dos casos de excesso) e mais de
duas vezes entre as mulheres, de 8% para 16,9% (1/3 dos casos de excesso). Por outro
lado, o déficit de peso segue em declínio, regredindo de 8% em 1974-75 para 1,8% entre
os homens e de 11,8% para 3,6% entre as mulheres, em todos os estratos de renda (Figura
7).(...)

Analise qualitativa da obesidade:
7- http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/02/080219_obesidade_cg.shtml
Atualizado às: 29 de fevereiro, 2008 - 08h52 GMT (05h52 Brasília)
Brasil pode alcançar EUA em obesidade infantil, indica estudo
Carolina Glycerio Da BBC Brasil em São Paulo
O trabalho do Departamento de Medicina Integral, Familiar e Comunitária da Uerj
"Em uma geração, essa situação já pode estar muito parecida com a dos Estados Unidos", afirma a médica de família Débora Teixeira, uma das autoras do estudo. "Nossos padrões alimentares copiam muito o dos americanos: muito açúcar, muito carboidrato."
(...)O endocrinologista Walmir Coutinho, presidente da Federação Latino-Americana de Sociedades de Obesidade, ressalta que, embora o Brasil esteja atrás dos Estados Unidos, o problema tem piorado tanto que, se nada for feito, o país pode caminhar para uma situação "até mais grave" do que a americana.
"Nós ainda estamos passando por uma mudança, com aumento do acesso a TV, automóvel e telefone. Nos Estados Unidos, eles já passaram por isso há 40 anos."
Jacobson também vê o risco de o Brasil seguir o caminho dos seus compatriotas. "Há semelhanças: as crianças estão mais urbanas, há menos oportunidades para atividades físicas, o fast-food está se disseminando", diz o pediatra, que já fez diversas palestras sobre o assunto no Brasil.
Uma criança obesa não só tem mais chances de se tornar um adulto obeso como aumenta as suas chances de desenvolver doenças como diabetes, hipertensão e problemas cardíacos.
"É muito assustador porque a quantidade de pessoas que têm já problema de pressão, obesidade, diabetes é muito grande", afirma a médica Maria Inez Padula Anderson, da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e uma das autoras do estudo.
"Isso (o estudo) faz a gente imaginar que a criança vai estar na mesma situação em uma idade anterior", acrescenta.(...)
Além dos problemas físicos, a criança tende a enfrentar problemas de auto-estima que podem dificultar os seus relacionamentos e aprendizado escolar, acrescenta Débora Teixeira.



8- http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-311X2012000300004&script=sci_arttext
Cadernos de Saúde Pública Print version ISSN 0102-311X
Cad. Saúde Pública vol.28 no.3 Rio de Janeiro Mar. 2012
http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2012000300004
ARTIGO ARTICLE Distribuição de obesidade geral e abdominal em adultos de uma cidade no Sul do Brasil
Distribution of general and abdominal obesity in adults in a city in southern Brazil
Rogério da Silva LinharesI; Bernardo Lessa HortaI; Denise Petrucci GiganteII; Juvenal Soares Dias-da-CostaIII; Maria Teresa Anselmo OlintoIII
IFaculdade de Medicina, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, Brasil
IIFaculdade de Nutrição, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, Brasil
IIIPrograma de Pós-graduação em Saúde Coletiva, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, Brasil
(...)As prevalências de obesidade geral e abdominal provavelmente sofreram influências de ordem sociopolíticas e econômicas de 1994 a 2010. Vale lembrar que, no Brasil, a economia na década de 90 foi marcada pelas privatizações e redução do papel do Estado, em 1994 foi implantado o Plano Real que levou à estabilização da economia e abertura do mercado nacional à competição internacional, aumentando a concorrência e a qualidade dos produtos nacionais, assim como a elevação do rendimento médio dos brasileiros.(...)
(...) Finalmente, a comparação dos estudos demonstra a preocupante mudança na prevalência de um importante fator de risco para as doenças crônicas não transmissíveis. O estudo confirma, concordando com a literatura, uma diferença na distribuição de gordura não apenas em relação ao sexo, mas com determinação socioeconômica. Sugere-se que sejam realizados mais trabalhos para investigar essa interação entre estilo de vida e distribuição de gordura corporal.(...)

Os maus hábitos alimenmtaresa e sua relação com a tendencia de obesidade:
9- http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=maioria-dos-jovens-tem-maus-habitos-alimentares&id=3223
14/04/2008
Maioria dos jovens tem maus hábitos alimentares
Renato Sanchez - Agência USP
(...) Consumo de frutas
Para a nutricionista, os dados revelados pelo estudo são alarmantes. "Entre os entrevistados, 60% declaram não consumir nenhuma fruta no dia anterior à entrevista. É algo preocupante", alerta.
De acordo com Samantha, o dado preocupa porque a adolescência é a época onde se formam os costumes e hábitos da vida adulta. Em relação à alimentação, segundo ela, isso não é diferente. "Nossa intenção agora é refazer o procedimento com os mesmos adolescentes, alguns já adultos, para verificar a evolução desse processo", avisa.(...)


Um relato mais antigo já alertava para o risco dos Fast Food pela presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia Pediátrica
10 http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2008-11-27/criancas-brasileiras-passam-sofrer-mais-com-obesidade-do-que-com-desnutricao
Crianças brasileiras passam a sofrer mais com obesidade do que com desnutrição 27/11/2008 - 5h00 Saúde
Luciana Lima Repórter da Agência Brasil
(...) Crianças brasileiras passam a sofrer mais com obesidade do que com desnutrição
 Entre os fatores de risco estão a obesidade, o sedentarismo, a pressão alta, a alteração das taxas de colesterol e triglicérides. “Isso vem dos fast foods, da vida na frente da televisão ou do computador, ou seja, da não orientação adequada das crianças”, destacou a presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia Pediátrica e diretora do Departamento de Cardiologia Pediátrica do Hospital do Coração de São Paulo, Ieda Jatene, que defende o mapeamento mais detalhado dos fatores de risco no Brasil. (...)
As tendencias da obesidade:
11- http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-790X2011000500008&script=sci_arttext
Revista Brasileira de Epidemiologia Print version ISSN 1415-790X
Rev. bras. epidemiol. vol.14 supl.1 São Paulo Sept. 2011 http://dx.doi.org/10.1590/S1415-790X2011000500008
ARTIGOS
O risco de incidência e persistência da obesidade entre adultos Brasileiros segundo seu estado nutricional ao final da adolescência
Wolney Lisboa CondeI; Camila BorgesII IDepartamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP); Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP - São Paulo (SP), Brasil IIDepartamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP - São Paulo (SP), Brasil
(...)As principais tendências observadas neste estudo indicam que a incidência da obesidade é mais frequente em homens e nos adultos mais jovens. Entre mulheres, a escolarização funciona como uma barreira à incidência ou persistência da obesidade.
Essas características, quando associadas à forte expansão da obesidade entre adultos jovens, detectada em outros estudos, apontam a urgência da utilização de políticas públicas mais incisivas e efetivas, as quais promovam a redução da exposição da população à alimentação desbalanceada ou de má qualidade nutricional e ações ou programas voltados para o aumento da atividade física. Adicionalmente, é importante que se comece a monitorar a evolução do peso corporal em indivíduos dos grupos mais jovens ao longo de sua passagem por aparelhos sociais como, por exemplo, escolas e unidades de saúde.(...)

A importancia da mudança nos habitos alimentares e discutida no relatorio ESTUDO DE CASO BRASIL A INTEGRAÇÃO DAS AÇÕES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NOS PLANOS DE DESENVOLVIMENTO NACIONAL PARA O ALCANCE DAS METAS DO MILÊNIO NO CONTEXTO DO DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA:
12-http://dtr2001.saude.gov.br/editora/produtos/livros/pdf/05_0221_M.pdf
ESTUDO DE CASO BRASIL A INTEGRAÇÃO DAS AÇÕES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NOS PLANOS DE DESENVOLVIMENTO NACIONAL PARA O ALCANCE DAS METAS DO MILÊNIO NO CONTEXTO DO DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA Série G. Estatísticas e Informação em Saúde Brasília – DF 2005
Elaboração, distribuição e informações: MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Atenção à Saúde
Departamento de Atenção Básica Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição
(...)Transformações importantes no padrão de vida e consumo vêm indicando tendência a comportamentos de risco, tais como redução na atividade física, diminuição do tempo destinado ao lazer e modificações de hábitos alimentares, que potencializam as chances de incidência de problemas, como obesidade, doenças cardiovasculares e outros (Burlandy & Anjos, 2001;Monteiro et al., 1995). As mudanças no perfil do ). As mudanças no perfil do consumo alimentar são, por sua vez, diferenciadas de acordo com a região do País (Monteiro et al., 2000).(...)
Foi dada importancia na deficiencia de micronutrientes:
(...)Os últimos dados de âmbito nacional sobre a situação nutricional da população brasileira datam de 2002-2003 (Pesquisa de Orçamento Familiar,2004), que incluiu aferição de dados antropométricos em adultos. A atualização das informações sobre deficiência de micronutrientes, bem como do estado nutricional de crianças, está prevista para o ano de 2005.(...)
Todas as bases estatisticas destas projeções decorrem de dados coletados do ultimo censo.
13-http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pof/2008_2009_encaa/pof_20082009_encaa.pdf
Antropometria e estado nutriocional de crianças adolescentes e adultos no Brasil.
(...)Gráfico 6 - Curvas de evolução do peso mediano de crianças até 9 anos de idade, em comparação com o padrão antropométrico da Organização Mundial da Saúde - OMS, por sexo e situação do domicílio, segundo a idade Brasil - período 2008-2009 (...)
Fontes: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa de Orçamentos Familiares
2008-2009; World Health Organization. _______________
(...)A identificação dessas diferenças para mais, em relação ao padrão esperado para
a evolução do peso, quando combinadas com as informações relativas ao padrão de
crescimento das crianças brasileiras, apresenta uma realidade que aponta na direção
de índices de excesso de peso nas crianças brasileiras. Vale ressaltar que a realidade
da evolução dos pesos medianos das crianças brasileiras sugere então uma atenção
especial com a alimentação nesta faixa etária.
Aqui segue em forma de nota oficial do ibge:
14- http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=1699
Comunicação Social 27 de Agosto de 2010 © 2012 IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
POF 2008-2009: desnutrição cai e peso das crianças brasileiras ultrapassa padrão internacional
O peso dos brasileiros vem aumentando nos últimos anos. Em 2009, uma em cada três crianças de 5 a 9 anos estava acima do peso recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Já o déficit de altura (importante indicador de desnutrição) caiu de 29,3% (1974-75) em para 7,2% (2008-09) entre meninos e de 26,7% para 6,3% nas meninas, mas se sobressaiu no meio rural da região Norte: 16% dos meninos e 13,5% das meninas. A parcela dos meninos e rapazes de 10 a 19 anos de idade com excesso de peso passou de 3,7% (1974-75) para 21,7% (2008-09), já entre as meninas e moças o crescimento do excesso de peso foi de 7,6% para 19,4%. Também o excesso de peso em homens adultos saltou de 18,5% para 50,1% e ultrapassou, em 2008-09, o das mulheres, que foi de 28,7% para 48%. Nesse panorama, destaca-se a Região Sul (56,8% de homens, 51,6% de mulheres), que também apresenta os maiores percentuais de obesidade: 15,9% e homens e 19,6% de mulheres. O excesso de peso foi mais evidente nos homens com maior rendimento (61,8%) e variou pouco para as mulheres (45-49%) em todas as faixas de renda. Os resultados são da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, realizada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde(...)
Aqui as bases estatisticas da OMS (WHO).
15 http://www.who.int/bulletin/volumes/82/12/940.pdf
Obesidade se tornou doença de paises em desenvolvimento. Relatório da OMS.
16 http://www.who.int/chp/chronic_disease_report/media/brazil.pdf
impacto das doenças no Brasil (obesidade relatorio da WHO)
No Brasil as mortes por doenças cronicas são projetas em 72%. Afirma que 10 milhoes deverão morrer de doenças cronicas no Brasil dentre os quais diabetes tera aumento de 82 %. O estudo mostra que o aumento de massa corporal vai responder por este aumento de morbidade.A previsão oficial é que 67% dos homens terão sobrepeso e 74% das mulheres terão sobrepeso em 2015.
Os impactos economicos decorrentes serão a perda de pelo pelo menos 49 bilhoes de dolares de renda bruta nacional nos próximos 10 anos devido a “doenças cardiacas,Acidentes vasculares e diabetes.
17 http://www.bibliomed.com.br/news/index/8024/browse/
Copyright © 2010 Bibliomed, Inc.
(...)Em 2010, 43 milhões de crianças (35 milhões nos países em desenvolvimento) estavam em sobrepeso e obesos, 92 milhões estavam em risco de sobrepeso. A prevalência mundial de sobrepeso e obesidade infantil aumentou de 4,2% (IC 95% 3,2% a 5,2%) em 1990 para 6,7% (IC 95% 5,6% a 7,7%) em 2010. Esta tendência deve chegar a 9,1% (IC 95% 7,3% a 10,9%), ou 60 milhões, em 2020.(...)
18 http://www.abeso.org.br/reportagens/excesso_peso_pode_comprometer_fertilidade.htm
Excesso de Peso Pode Comprometer Fertilidade
O Dr. Joji Ueno O Dr. Márcio Mancini, presidente do XII Congresso da ABESO,
http://www.abeso.org.br/pagina/345/14%C2%BA-congresso-brasileiro-de-obesidade-e-sindrome-metabolica.shtml
(...)No Brasil, alguns fatores estão diminuindo a taxa de fecundidade da população. Dentre eles, está a obesidade.
O Dr. Joji Ueno, ginecologista-obstetra e especialista em reprodução humana, afirmou em entrevista ao Portal Terra que alguns dos principais fatores para a diminuição da fertilidade são o aumento de peso; o abuso de álcool e drogas; a prática de sexo sem preservativos; e o estresse.
"A obesidade e o sobrepeso também contribuem para uma baixa na taxa de fertilidade, pois provocam alterações e distúrbios nos processos de ovulação e uma diminuição do número de espermatozóides", afirma o Dr. Ueno.)(...)
Em Portugal já existe repercussão destes estudos:
19 http://www.portugues.rfi.fr/ciencias/20110210-em-10-anos-brasil-tera-tantos-obesos-quanto-eua
A RFI é uma rádio pública que transmite programas para o mundo todo.
Em 10 anos Brasil terá tantos obesos quanto EUA Elcio Ramalho (..)No país,(Brasil) uma pesquisa publicada em agosto do ano passado pelo IBGE indicaque o excesso de peso atinge 48% das mulheres e 50,1% dos homens acima dos 20 anos de idade. Se o Brasil mantiver o ritmo de crescimento do número de pessoas acima do peso, em dez anos elas serão 30% da população, padrão similar ao encontrado nos Estados Unidos. O índice de obesos no Brasil já passa de 13%.(...)
A resposta do governo federal ( Ministério da saúde) demonstra o conhecimento das autoridades em relação à esta epidemia mundial que afeta o Brasil.
20 http://www.conass.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2179&catid=6&Itemid=14
PORTARIA N. 424, DE 19 DE MARÇO DE 2013
Redefine as diretrizes para a organização da prevenção e do tratamento do sobrepeso e obesidade como linha de cuidado prioritária da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas.
21 http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-03-20/saude-publica-novas-diretrizes-para-tratamento-da-obesidade
20/03/2013 - 10h45
Resposta do Ministerio da Saúde Paula LaboissièreRepórter da Agência Brasil
Brasília – Portaria do Ministério da Saúde, publicada hoje (20) no Diário Oficial da União, redefine as diretrizes para a prevenção e o tratamento do sobrepeso e da obesidade como linha de cuidado prioritária da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas.
 documento, que cria a Linha de Cuidados Prioritários do Sobrepeso e da Obesidade no Sistema Único de Saúde (SUS), foi assinado ontem (19) pelo ministro Alexandre Padilha.
A nova linha define como será o cuidado, desde a orientação e o apoio à mudança de hábitos até os critérios rigorosos para a realização da cirurgia bariátrica, considerada pela pasta como último recurso para obter a perda de peso.
A portaria prevê atividades dentro da atenção básica para o cuidado do excesso de peso e de outros fatores de risco associados ao sobrepeso e à obesidade, além do atendimento em serviços especializados. A atenção básica deverá oferecer diferentes tipos de tratamentos e acompanhamentos ao usuário, incluindo atendimento psicológico.
Segundo o ministério, a pessoa com sobrepeso ou com índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 25 poderá, por exemplo, ser encaminhada a um polo da academia da saúde para a realização de atividades físicas e a um Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) para receber orientações sobre alimentação saudável e balanceada.
A publicação também reduz de 18 para 16 anos a idade mínima para realizar a cirurgia bariátrica, em casos em que há risco ao paciente. Segundo o governo, a iniciativa foi tomada com base em estudos que apontam o aumento crescente da obesidade entre adolescentes.
A idade máxima para passar pela cirurgia, que até então era 65 anos, também foi alterada. Com a portaria, o fator determinante não será mais a idade, e sim a avaliação clínica (risco-benefício).
Edição: Graça Adjuto
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22 AVALIAÇÃO DE IMPACTO DOS HÁBITOS ALIMENTARES NA PREDISPOSIÇÃO À OBESIDADE INFANTIL
http://www.escoladegoverno.pr.gov.br/arquivos/File/formulacao_e_gestao_de_politicas_publicas_no_parana/volume_II/capitulo_5_saude/5_2.pdf
AVALIAÇÃO DE IMPACTO DOS HÁBITOS ALIMENTARES NA
PREDISPOSIÇÃO À OBESIDADE INFANTIL Cleuza Maria Dias Martins - UEPG
Mary Ângela Teixeira Brandalise – UEPG
23 http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-05822009000100015&script=sci_arttext
4. Linn S, editor. Crianças do consumo: a infância roubada. São Paulo: Instituto Alana; 2006.         [ Links ]

24 http://www.conselhodacrianca.al.gov.br/sala-de-imprensa/publicacoes/Livro_Infancia-consumo.pdf#page=48
Infância & Consumo:estudos no campo da comunicação Brasília, 2009
ANDI – Agência de Notícias dos Direitos da Infância
Presidente:Oscar Vilhena Vieira Vice-Presidente: Geraldinho Vieira Secretário Executivo: Veet Vivart
(...) O impacto da mídia sobre o desenvolvimento infantil é um tema mais atual do que nunca. Crescem vertiginosamente o volume e a velocidade de informações em circulação, ao mesmo tempo em que se multiplicam os canais de acesso a esses diferentes conteúdos. Nesse contexto, crianças e adolescentes são, quase que constantemente, instigados a olhar e a perceber o mundo a partir da visão proposta pelos meios de comunicação.
Essa forte presença da mídia na vida social e cultural é uma característica central dos nossos tempos. Em tal medida, não pode ser relegada a segundo plano no âmbito das políticas públicas – seja no que se refere ao estímulo à produção de conteúdos de qualidade, seja na adoção de medidas que visam proteger crianças e adolescentes dos impactos nocivos do material veiculado. Infelizmente, o quadro brasileiro registra um grave déficit em relação a ambos os aspectos – de maneira geral, resultante da histórica omissão do poder público e da resistência das empresas do setor quanto à adoção de marcos regulatórios adequados
Um sem-número de pesquisas aponta para os potenciais efeitos danosos da mídia – por exemplo, enquanto fator de estímulo a comportamentos violentos e discriminatórios, a uma prática sexual pouco responsável e ao consumismo entre as crianças. Em contrapartida, grande número de investigadores também vem coletando evidências sobre o relevante papel que os meios de comunicação podem desempenhar em um processo de formação cidadã de garotas e garoto.(...)

25 http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S0101-31062008000100006&script=sci_arttext
A infância roubada: uma reflexão sobre a clínica contemporânea*The stolen childhood: reflections on the contemporary clinic
versão impressa ISSN 0101-3106 Ide (São Paulo) v.31 n.146 São Paulo jun. 2008
EM PAUTA – CULTURA A infância roubada: uma reflexão sobre a clínica contemporânea* The stolen childhood: reflections on the contemporary clinic
Myrna Pia Favilli**; Bernardo Tanis***; Maria Celina Anhaia Mello****
















26 http://www2.uefs.br:8081/cer/wp-content/uploads/FRANCA_Fabiana.pdf
Orientação nutricional de crianças e adolescentes e os novos padrões de consumo: propagandas, embalagens e rótulos
Nutritional guidance for children and adolescents and the new consumption patterns: advertising, packaging and labeling
 Tatiana Elias PontesI; Thalita Feitosa CostaI; Annete Bressan R. F. MarumII; Anne Lise D. BrasilIII; José Augusto de A. C. TaddeiIV
IGraduandas em Medicina pela Unifesp-EPM, São Paulo, SP, Brasil IIMestre em Nutrição pela Unifesp-EPM, São Paulo, SP, Brasil
IIIDoutora em Pediatria, médica assistente da Disciplina de Nutrologia do Departamento de Pediatria da Unifesp-EPM, São Paulo, SP, Brasil IVProfessor-associado da Disciplina de Nutrologia do Departamento de Pediatria da Unifesp-EPM, São Paulo, SP, Brasil
(...)Os hábitos do brasileiro têm sido redefinidos a partir do surgimento da indústria alimentar e marcados pelo consumo excessivo de produtos processados, em detrimento de produtos regionais com tradição cultural, principalmente nos grandes centros urbanos, onde o fast food predomina, tendo como contrapartida, o movimento slow food, que conjuga prazer e regionalidade no hábito alimentar. Esta revisão tem como objetivo retratar o histórico da alimentação no Brasil, identificando e avaliando o impacto das mudanças alimentares provocadas pelo binômio urbanização/industrialização sobre a saúde da população brasileira. Nesse contexto, o aumento da alimentação fora de casa e a preferência por compra de alimentos em supermercados, são fatores que favorecem a diversificação de gêneros e o conseqüente aumento no consumo de alimentos industrializados. Além disso, a publicidade e a ideologia consumistas ganham importância,favorecendo a formação de novos hábitos alimentares e influenciando as escolhas dosconsumidores. A transição nutricional pela qual a sociedade tem passado é caracterizada por uma dieta extremamente calórica, rica em açúcares e gorduras, e insatisfatória quanto ao aporte nutricional. O surgimento e/ou agravamento de patologias como desnutrição, dislipidemias, obesidade e outras doenças crônicas não transmissíveis estão intimamente ligadas a tais mudanças na alimentação do indivíduo.(...)


27: http://www.abeso.org.br/pagina/273/artigo.shtml Esteatose hepática
28 Cancer e obesidade.
http://www.cancer.gov/cancertopics/factsheet/Risk/obesity
During the past several decades, the percentage of overweight and obese adults and children has increased markedly.
Obesity is associated with increased risks of cancers of the esophagus, breast (postmenopausal), endometrium (the lining of the uterus), colon and rectum, kidney, pancreas, thyroid, gallbladder, and possibly other cancer types.
Obese people are also at higher risk of coronary heart disease, stroke, high blood pressure, diabetes, and a number of other chronic disease


http://www.cancerresearchuk.org/cancer-info/healthyliving/obesityandweight/howdoweknow/body-weight-and-cancer-the-evidence#obesity
 Bianchini, F., R. Kaaks, and H. Vainio, Overweight, obesity, and cancer risk. Lancet Oncol, 2002. 3(9): p. 565-74. PubMed
 IARC, Weight Control and Physical Activity. IARC Handbooks of Cancer Prevention, ed. H. Vainio and F. Bianchini. Vol. 6. 2002, Lyon: IARC.
 Renehan, A.G., et al., Body-mass index and incidence of cancer: a systematic review and meta-analysis of prospective observational studies. Lancet 2008. 371(569-578). PubMed
 Reeves, G.K., et al., Cancer incidence and mortality in relation to body mass index in the Million Women Study: cohort study. BMJ, 2007. PubMed
29; http://www.endocrino.org.br/sindrome-metabolica/


30 http://www.endo-society.org/guidelines/final/upload/FINAL-Standalone-Post-Bariatric-Surgery-Guideline-Color.pdf ( David Heber).


31 http://care.diabetesjournals.org/content/early/2009/07/09/dc09-0619.full.pdf
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